quinta feira 26 de outubro...
Saída para café que acaba em festa estudantil a relembrar velhos tempos e melodias. Dj de serviço coloca aquela que concorre como uma das melhores letras de sempre da música ligeira portuguesa. A personagem que a canta ajuda à votação.
A opinião no que respeita à qualidade tem-se tornado quase unânime e dá lugar a pensar como é que alguém se pode esquecer disto...
força josé!
segunda-feira, outubro 30, 2006
quarta-feira, outubro 18, 2006
...13 de Outubro de 2006...
Um dia com uma data de significados diferentes. Dia santo em Fátima e das bruxas em Montalegre (cada um festeja com os seus) , dia de aniversário da amiga Teresa e por coincidência o segundo e último dia do seminário que levou meio mundo (pelo menos pareceu em Guimarães) a questionar-se “Para que é que serve a Arquitectura?” – “…serve para dar trabalho aos arquitectos!...” diz o nosso amigo Álvaro. “…é como tudo na vida…depende..” dizem os outros.
Eu digo que é a melhor desculpa para juntar amigos que de outra maneira não se reúnem. É alinha que nos une, a maior parte das vezes à volta da mesa e com boa comida.
Foi nesta 6ª feira 13 de Outubro de 2006 que 13 amigos se juntaram em Barcelos com uma mesa pelo meio, ora sendo alentejanos, lisboetas, figueirenses, portuenses, vimaranenses e para variar barcelenses. Como se costuma dizer estamos em todo o lado, não importa como, mas estamos!
…ah! Não faltou um gato preto que me parece ter um demónio no corpo – kusturika…
Eu digo que é a melhor desculpa para juntar amigos que de outra maneira não se reúnem. É alinha que nos une, a maior parte das vezes à volta da mesa e com boa comida.
Foi nesta 6ª feira 13 de Outubro de 2006 que 13 amigos se juntaram em Barcelos com uma mesa pelo meio, ora sendo alentejanos, lisboetas, figueirenses, portuenses, vimaranenses e para variar barcelenses. Como se costuma dizer estamos em todo o lado, não importa como, mas estamos!
…ah! Não faltou um gato preto que me parece ter um demónio no corpo – kusturika…
terça-feira, outubro 10, 2006
...do norte...
Deparei-me com um texto do Miguel Esteves Cardoso que me parece demasiado enquadrado na minha realidade de cidadão do Norte tantas vezes enaltecida pelos meus amigos do "resto do mundo" daí que o necessite de o partilhar.
"Primeiro, as verdades. O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram. Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta.
Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas. Mais verdades. No Norte a comida é melhor. O vinho é melhor. O serviço é melhor. Os preços são mais baixos. Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia. Estas são as verdades do Norte de Portugal. Mas há uma verdade maior. É que só o Norte existe. O Sul não existe. As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, etc., existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista? No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país.
Não haja enganos. Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal. Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal. Mas o Norte é onde Portugal começa.. Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo. Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte. Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa. Mais ou menos peninsular, ou insular. É esta a verdade. Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente. No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa. O Norte cheira a dinheiro e a alecrim. O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade. Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.
O Norte é feminino. O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros.
Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem.
As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente. Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial. Só descomposturas, e mimos, e carinhos.
O Norte é a nossa verdade.
Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório.
Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu.
Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi. Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte". Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo.
Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente. No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima.
Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita. O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os-Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.
O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm de dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?"
...some time ago...
Vila Alcina - algures em Fevereiro de 2001.
sr Mendes, sr Duarte, sr Gonçalves e sr Viana da esquerda para a direita.
Crianças nasceram neste dia e hoje estão prestes a ingressar no ensino prímário.
Desde então estes quatro acabaram o curso, dois deles resolveram voltar ao universo académico..., mas do lado de lá!;
Um trabalha em Barcelona e o outro continua em Barcelos.
Todos, ainda, se esforçam para manter este modo de vida.
Agradeça-se ao senhor Paulo V.G. por nos dar a razão para lá irmos e ao senhor Sérgio F. pela cedência do espaço e principalmente do vinho que tanto prazer nos deu a beber.
segunda-feira, outubro 09, 2006
O início...
O primeiro passo para a estreia neste tipo de coisas é a apresentação, que eu não vou fazer.
Quem me conhece já sabe o que de necessário há para saber a meu respeito e como tal, e para já, não há nada a acrescentar.
Cada vez mais me apercebo que há cada vez mais blogs e bloggers na net, logo se todas as pessoas têm um e eu sou uma pessoa, logo vou ter um blog.
Não pretendo, por outro lado pôr em causa grandes escritores que por aí se passeiam ou até grandes personalidades como ElisabeteDuarte e/ou SusanaSousa, grandes inspirações nesta coisa de passar tempo na net. Para elas e para todos os outros que já li os meus sinceros "obrigados", mas foi graças ao que lá está escrito e ao modo como está escrito que eu pensei: "se calhar sou capaz!".
Quem me conhece já sabe o que de necessário há para saber a meu respeito e como tal, e para já, não há nada a acrescentar.
Cada vez mais me apercebo que há cada vez mais blogs e bloggers na net, logo se todas as pessoas têm um e eu sou uma pessoa, logo vou ter um blog.
Não pretendo, por outro lado pôr em causa grandes escritores que por aí se passeiam ou até grandes personalidades como ElisabeteDuarte e/ou SusanaSousa, grandes inspirações nesta coisa de passar tempo na net. Para elas e para todos os outros que já li os meus sinceros "obrigados", mas foi graças ao que lá está escrito e ao modo como está escrito que eu pensei: "se calhar sou capaz!".
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